Valorizar a arquitetura na área Food Service vai muito além da ideia de decorar o ambiente, como vimos no artigo anterior Aos sobreviventes: Arquitetura. Falávamos detalhadamente em estratégias para atualizar e potencializar os negócios. Indo ao encontro destas constatações surge a pesquisa do Instituto Food Service Brasil (IFB) para nossa apreciação com dados que auxiliam o mercado e os investidores na análise para tomadas de decisões para próximos passos.
Os dados são claros: O mercado Food Service CRESCEU em 2022. A pandemia lentamente mostra sinais de que vai se recuperar sim (e quiçá) poderá se sobrepor a outros setores para investimentos. É um fato que já estamos percebendo na prática além da Pesquisa também retratar este direcionamento. Um dado relevante de pesquisas da ABRASEL (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) é de que a migração dos consumidores dos supermercados para os bares e restaurantes já acontece de forma orgânica e natural. O cenário de investimentos para este setor continua sendo promissor e com crescimento visível na nossa cidade.
Sendo assim, o reflexo do crescimento de alguns negócios na pandemia manteve-se em ascendência também nas lojas físicas, visto como foi forte o crescimento de franquias e lojas do segmento. Estou falando das queridíssimas HAMBURGUERIAS! Sejam em lojas físicas ou por delivery elas ostentam a garantia do lanche americano dos sonhos. Dão, inclusive, a sensação de merecimento em desfrutar de um lanche que vende a imagem de garantia de saciedade e satisfação do cliente. Os valores nutricionais são questionáveis pois os ingredientes são calóricos e os acompanhamentos e bebidas preferidos também tem altas doses de gordura e açúcar (a inseparável batata frita feita na fritadeira e o refrigerante). Porém, já existem substitutos naturais para tudo isso e formas de preparo mais saudáveis, vejamos!
O cardápio das hamburguerias também acompanha as vontades do cliente e oferece diversas possibilidades para o hamburguer: tradicional, gourmet, fitness, vegana, vegetariana, plant based… e por aí vai! Também é possível escolher o ponto do hamburguer o tipo de pão, o molho… Enfim, o cardápio acompanhou o paladar do cliente. Agora é possível escolher um hamburguer de grão de bico montado com um delicioso pão sem glúten e sem lactose, por exemplo!
E as cozinhas? Como estão? Muito bem, obrigada?
Pois bem, para atender este cardápio vamos primeiramente entender junto do empreendedor algumas definições importantes: quantos funcionários operam nesta cozinha, qual horário de funcionamento, quais os canais de venda? Tem delivery? Vamos atender no salão com garçons? Tudo é importante para não haver cruzamento de fluxo e produção eficiente dentro da cozinha. Vamos fazer o hamburguer na chapa ou no forno? E o pão? Vai ser feito em casa ou terceirizado…? E tem os legumes e verduras também… Quando entendemos a produção do que servimos, temos muitos questionamentos pra fazer, isso é fato!
Em relação ao salão, o estilo e a arquitetura das lojas de hamburguerias também receberam forte apelo visual com uma identificação que agrega um “life style” leve, fluído e cool aos apreciadores do lanche. Este efeito na arquitetura pode ser criado perante o uso de alguns artifícios que constroem estes ambientes. Por exemplo, o uso de mobiliários apropriados, letreiro neon com frases conceituais da marca, adesivos personalizados, espaços com vegetação, iluminação projetada… Este conjunto de itens operando juntos em harmonia formam os tais AMBIENTES INSTAGRAMÁVEIS.
Projetar o ambiente para que seja fotografado e publicado na rede digital pessoal ou comercial: tá aí a receita. O ambiente e a refeição são o alvo dos nossos cliques pois frequentamos os lugares e nos envolvemos com a marca para nos relacionarmos dentro das redes digitais. Não basta estar, é preciso mostrar onde estou e o que estou desfrutando e, no caso de um ambiente gastronômico, o que estou consumindo. Obviamente queremos postagens perfeitas, o queijo derretendo perfeitamente em cima do hamburguer montado lindamente no pão fofo, brilhante e cravejado com gergelim: a cena perfeita de um PRATO INSTAGRAMÁVEL.
Feita a foto, é preciso postá-la com a hashtag principal da loja, marcar os amigos e o lugar. É assim que todos nós fazemos a roda girar: o cliente faz o marketing porque se identificou com tudo, porque concorda com o prato que recebeu, porque concorda com o clima do restaurante, porque foi super bem atendido… enfim, são diversos fatores envolvidos.
E tem mais: esta situação é DEMOCRÁTICA em diversos ramos da gastronomia. Em cada loja cada uma dentro do seu contexto e propósito, entretanto, é possível validar estas situações aliadas com a abrangência das redes digitais que podem ALAVANCAR e TRANSFORMAR negócios.
É sobre este assunto que eu quero tratar no nosso próximo encontro: COMO alavancar o seu negócio? POR QUE algumas atitudes devem ser tomadas pelos proprietários e investidores para que a sua marca de fato o negócio PROSPERE e se diferencie dos demais? VEM comigo pra avançarmos a respeito deste tema tão atual.